terça-feira, 30 de julho de 2013

Militar que vazou dados para WikiLeaks é condenado por espionagem

Bradley Manning deixa julgamento, depois de ter sido considerado culpado de espionagem Foto: EFE

Bradley Manning, o militar americano acuasado de vazar milhares de documentos secretos para o site WikiLeaks, foi condenado nesta terça-feira por espionagem, informa a BBC. Por outro lado, ele foi absolvido da acusação mais greve, de ajudar o inimigo, cuja pena prevista era prisão perpétua. A sentença deve sair nos próximos dias. 
Manning foi considerado culpado em um total de 20 acusações - cinco por espionagem, cinco por roubo, uma por fraude de informática e outras infrações militares -, que podem fazê-lo ser sentenciado a uma pena de mais de 100 anos de prisão.
Ele admitiu ter vazado os documentos, mas afirmou que o fez para promover um debate sobre a política externa dos Estados Unidos. Entre os documentos estavam 470 mil informes do campo de batalha no Iraque e no Afeganistão e 250 mil comunicações entre Washington e embaixadas ao redor do mundo. 
O caso é considerado o maior vazamento de documentos secretos americanos da história.
O governo dos EUA pressionava pela pena máxima para o que é visto como uma grave violação da segurança nacional, que inclui relatórios do campos de batalha de guerras no Iraque e Afeganistão. Já ativistas antissigilo elogiaram a ação de Manning como um foco de luz sobre as operações obscuras dos Estados Unidos no exterior. Um grupo de cerca de 30 apoiadores de Manning se reuniu do lado de fora do Fort Meade antes da leitura do veredicto.
Promotores do Exército sustentaram durante o julgamento marcial que a segurança dos EUA foi prejudicada quando o site WikiLeaks publicou vídeos de um ataque realizado por um helicóptero Apache americano, telegramas e detalhes secretos sobre prisioneiros detidos em Guantánamo, enviados por Manning ao site enquanto ele era um analista de inteligência no Iraque, em 2009 e 2010.

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