segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Estudo apresenta proposta para detectar câncer de ovário em estágio precoce .

Um estudo publicado nesta segunda-feira (26) na revista "Câncer" mostra uma nova estratégia de rastreamento do câncer de ovário que pode ajudar no diagnóstico precoce da doença.
Atualmente, não há exame que consiga rastrear o tumor precocemente, da mesma forma que o Papanicolau, por exemplo, consegue diagnosticar o câncer de colo de útero. Como, além disso, a doença no ovário não costuma apresentar sintomas no início, 75% dos casos são constatados já em estágios avançados, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
De acordo com a "Folha de S. Paulo", a proposta do novo estudo, feito pelo MD Anderson Câncer Center (EUA), é utilizar informações de exames de sangue simples, aplicados a um algoritmo. Com isso, as mulheres seriam classificadas em faixas de risco baixo, intermediário ou alto. Com base nessa classificação, as pacientes, mesmo sem apresentar sintomas, seriam encaminhadas à ultrassonografia transvaginal e, se necessário, à cirurgia.
A pesquisa foi realizada com 4.051 mulheres que já tinham passado pela menopausa, quando o câncer é mais comum. Durante 11 anos de acompanhamento, quatro casos da doença foram descobertos, sendo um no estágio mais inicial.
Como o método é considerado barato, a proposta representa um avanço que pode, inclusive, evitar a realização de exames desnecessários. De acordo com os autores, o estudo definitivo sobre esse modelo será publicado em 2015 e está sendo feito com mais de 200 mil mulheres no Reino Unido.
Como funciona?
A estratégia usada no método é baseada em um cálculo que considera a variação do nível da proteína CA125 no sangue. Essa substância já é usada no diagnóstico de câncer, de forma pouco efetiva. Mas a ideia do estudo é utilizá-la de forma isolada como um marcador, uma vez que ela aumenta na presença de tumores malignos.

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