Washington, 2 dez (EFE).- A Amazon.com, a maior loja online do mundo, surpreendeu a comunidade virtual e não virtual com o anúncio de que em um prazo de quatro a cinco anos será capaz de usar drones (aviões não tripulados) para distribuir parte dos milhares de artigos que vende.
O anunciou foi feito ontem pelo presidente da Amazon, Jeff Bezos, em entrevista ao programa "60 Minutes", da emissora "CBS", na véspera do "Cyber Monday", o dia dos maiores descontos do ano para os compradores via internet nos Estados Unidos.
Bezos disse que em quatro ou cinco anos a Amazon oferecerá seu serviço "Prime Air" com aviões não tripulados que entregarão as encomendas em 30 minutos.
O presidente de Amazon, que há alguns meses surpreendeu o mercado e o público com a compra do jornal "The Washington Post", disse que os drones poderão levar pacotes de até dois quilos, que representam 86% das entregas da empresa.
"Poderia ser em um raio de 15 quilômetros apartir de um galpão. Ou seja, em áreas urbanas poderia cobrir porções muito significativas da população", acrescentou.
A estimativa é de que a Amazônia tenha 225 milhões de clientes no mundo todo.
Imediatamente, no Twitter e em outras redes sociais surgiram discussões entre os que elogiaram a promessa futurista e os que temem que os robôs voadores possam espionar, sequestrar crianças e causar estragos.
Por sua vez, Patrick Fitzgerald, vice-presidente da empresa de transporte rápido de correspondências, documentos e objetos FedEx, disse que, por enquanto, não está preocupado com o plano de drones da Amazon.
"A FedEx foi e continua sendo pioneira na tecnologia", acrescentou. A empresa conta com frota própria de caminhões e aviões, todos tripulados, que entrega pacotes no mundo todo.
"Nesta temporada de festas esperamos distribuir 22 milhões de pacotes diariamente", disse Fitzgerald.
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